sexta-feira, 19 de março de 2010

Crítica

Blog Páginas Desfolhadas

Se Houver Um Paraíso
Ron Leshem


«Vamos entrar directamente e sem pedir licença na mente de um soldado em plena missão. Teremos acesso aos seus pensamentos mais desesperados e envergonhados, às suas frustrações, à sua revolta e às suas relações com os companheiros.
Todo o livro é escrito representando o diário de Erez. Um monólogo mais fácil de sentir do que de ler. Ou seja, apercebemo-nos dos sentimentos que assolam o protagonista muito antes dos sentido que têm as suas palavras. As frases são exclamadas conforme lhe atingem os pensamentos como se tudo o relato representasse o que ele pensou de si para si próprio.
A leitura poderá prolongar-se um pouco mais pela necessidade de ler com alguma calma. Como definir a experiência... Dolorosa, dilacerante, morbidamente hilariante, deixando-nos, por fim, um sentimento misto de compreensão, empatia, impotência e raiva.
Para quem se interessa pela vida militar ou romances bélicos (sejam a favor ou contra), mas acima, para quem se interessa pelas situações-limite a que o ser humano se entrega.»

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