terça-feira, 30 de novembro de 2010

Boas festas 2010!

Às portas de Dezembro, a Contraponto abriu oficialmente no blogue a época das festas e para celebrar vestiu-se a rigor. Com um passatempo de Natal a decorrer, que já conta com mais de 50 participações (um número fantástico, dado o desafio proposto!), estamos a preparar para os nossos leitores uma antevisão muito especial daqueles que serão os lançamentos do primeiro trimestre de 2011. Fiquem atentos! E enquanto as novidades não chegam, aproveite para espreitar aqui e descobrir como se habilitar a ganhar dois livros da Contraponto.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Crítica: "Rubi"

«Pertencer a uma família cheia de segredos não é fácil, ou pelo menos é o que pensa Gwendolyn Sheperd, de 16 anos. Até que um dia se vê em Londres do final do século passado e se apercebe de que ela própria é o maior segredo da família. Do que Gwendolyn não se apercebera é que apaixonar-se quando se está presa num tempo diferente não é nada boa ideia. Tudo se pode complicar...

Rubi traz-nos a história de Gwendolyn, uma adolescente típica inglesa dos nossos dias, mas a sua família é tudo menos típica, pois no seu sangue transportam um gene muito especial: o Gene da Viagem no Tempo. Todas as gerações, na sua família aparece alguém muito especial com o talento de viajar no tempo, e contra todas as expectativas Gwendolyn foi a vencedora desta lotaria genética. Agora sem estar minimamente preparada para este dom, a protagonista vê-se no centro de uma tempestade de conspirações, traições e um roubo que atravessam o tempo. Reverbando através das épocas e através de gerações.
Kerstin Gier, é uma autora alemã, que apesar de ter uma série de obras publicadas no seu país, é praticamente uma desconhecida em Portugal e vê agora um dos seus livros traduzido pela primeira vez para Português.
Pode-se dizer que Rubi é uma verdadeira gema. Desde o design invulgar da capa à contracapa, à própria história. Uma tradução cuidadosa e uma revisão imaculada, aliada à edição do texto com os títulos, inícios de capítulos e paginação em cor-de-rosa (uma discreta alusão ao título do livro).
Claramente esta é uma obra direccionada a um público mais jovem, mas mesmo os leitores mais experientes, à procura de uma leitura mais leve e espirituosa e que os transporte de volta às inseguranças e dúvidas da adolescência, encontrarão aqui o que procuram.

Rubi é o primeiro volume da trilogia, com o segundo livro – Saphirblau - Liebe geht durch alle Zeiten –, já publicado na Alemanha.»
Joana Neto Lima, Bela Lugosi is Dead

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Passatempo «Natal com a Contraponto»

Propomos um novo desafio aos nossos leitores:


O desafio é escrever um elogio a um livro da Contraponto, a fazer lembrar as frases do New York Times ou do Publishers Weekly que costumam acompanhar os textos de contracapa dos livros. Há muitos exemplos espalhados pelo blogue, é só procurar.
Os autores das duas frases mais criativas e originais receberão um prémio muito especial: dois livros à escolha de entre as novidades da Contraponto lançadas em Outubro e Novembro!

Comece já a pensar num bom elogio e boa sorte!

Condições do passatempo:
1. As frases deverão ser enviadas para o e-mail: passatp.contraponto@sapo.pt , com o nome do passatempo no Assunto, bem como o nome completo e morada, para a qual o prémio deverá ser enviado;

2. O prazo deste passatempo termina a 5 de Dezembro, inclusive;

3. Os vencedores serão anunciados terça-feira, dia 7 de Dezembro;

4. Será enviado um e-mail aos vencedores a confirmar a atribuição do prémio e a solicitar os títulos escolhidos a serem enviados. Cada um dos dois vencedores poderá escolher dois títulos (1 exemplar de cada) da lista a baixo apresentada, correspondente às novidades de Outubro e Novembro de 2010:

A Primeira Noite, Marc Levy
O Beijo das Sombras – Vampire Academy, Richelle Mead
O Diário, Eileen Goudge
Deixa-me Entrar, John Ajvide Lindqvist
Monster High – Uma Escola Diferente, Lisi Harrison
Ninguém Viu, Mary Jungstedt
Rubi – O Amor Atravessa Todos os Tempos, Kerstin Gier

5. Só serão aceites participações de pessoas residentes em Portugal Continental e Ilhas;

6. Só é aceite uma participação por pessoa;

7. O júri é composto por elementos da Editora;

8. A Editora reserva-se o direito de não atribuir prémio, caso o júri não considere que qualquer das frases submetidas seja minimamente original;

9. A Editora não se responsabiliza por extravios dos CTT, moradas incorrectas ou envios não reclamados.

Crítica:

«Rubi – O Amor Atravessa Todos os Tempos foi um livro que me divertiu imenso. A capa é lindíssima, muito propícia ao toque, e a organização dos capítulos está muito elucidativa, suscitando automaticamente interesse por todo o passado histórico que a narrativa alberga. É um livro de muito, muito fácil leitura. Aliás, lê-se num instante!, e a gargalhada e o sorriso são inevitáveis. A história de Gwendolyn não é nova, pelo menos no que se refere a ser uma adolescente “normal” que, de um dia para o outro, descobre ser portadora de um dom (ou maldição). Neste aspecto, não há nada de novo. Contudo, isto são cerca de vinte a trinta páginas do livro, o que permite com que as restantes fluam com uma criatividade pura e divertida. Toda a questão do gene é interessante, talvez até um pouco confusa, e, como vai sendo explicado ao longo da trama, isso deixa sempre presente, no leitor, uma impulsividade inerente para descobrir mais e continuar a ler mais e mais. As peripécias e aventuras, após Gwendolyn conhecer Gideon, e as conversas que esta vai tendo com a sua melhor amiga, Leslie, são simplesmente divinais. Inclusive, o próprio conteúdo e desenvolvimento da narrativa está muito bem construído e, por isso, este é um daqueles livros que custa horrores fechar e colocar de lado. Ter tempo para a escola, para um possível romance a, ao mesmo tempo, viajar diariamente pelo tempo, conhecendo os seus antepassados e tudo o que foi alterado com o avançar para o futuro, é simplesmente de agarrar o leitor às páginas. Ainda para mais, não podia ter escolhido um melhor momento para a história deste primeiro volume terminar, deixando um bichinho super curioso a saltitar no estômago.

É uma leitura direccionada para os jovens adultos, mas penso que qualquer pessoa conseguirá tirar proveito dela, uma vez que se trata, de facto, de um livro giro e engraçado. Um óptimo presente de Natal, para quem já está a pensar nisso, e uma excelente e descontraída leitura de Outono. Uma história que recomendo sem reservas pois não tenho dúvidas de que proporcionará, a qualquer leitor, um bom momento de deleite e prazer.
Gostei muito. Uma autora e uma personagem principal que, com muito gosto, irei continuar a acompanhar.»
Patrícia Santos, O Segredo dos Livros

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Crítica:

«Oskar e Eli. De formas diferentes, são ambos vítimas. É por isso que, contra todas as probabilidades, se tornam amigos.

Oskar tem 12 anos e vive com a mãe num bairro social em Blackeberg, um subúrbio cinzento e pacato de Estocolmo. O pai desapareceu das suas vidas e ele é vítima de bullying na escola. Eli é uma rapariga misteriosa e reservada, que se muda com o pai para o apartamento ao lado. Eli não vai à escola e só sai de casa à noite. Presos cada um na sua solidão, Oskar e Eli encontram um no outro a compreensão que o mundo lhes nega. E quando o lado mais obscuro de Eli se revela, Oskar descobre o verdadeiro preço da amizade…
- Diz que posso entrar. - Podes entrar.
Este é sem dúvida um dos livros do ano. Da primeira à última palavra, Lindqvist agarra o leitor e transporta-o pelas ruas de Estocolmo no Inverno de 1981, pelas ruas de um bairro social, Blackberg, completamente diferente da ideia da Suécia organizada, limpa e ordeira.
Deixa-me Entrar é um verdadeiro eye-opener. Com uma escrita simples, despretensiosa e realista, o autor apresenta-nos uma história da amizade de um vampiro com um rapazinho marginalizado, vítima de bullying e com um pai distante e alcoólico.
Este romance é sobretudo uma acutilante crítica à sociedade Sueca. Uma crítica que podemos, sem qualquer esforço, generalizar e aplicar a fórmula um pouco por todo o mundo. Desde os bairros sociais decadentes e esquecidos, aos pretensiosos e deslocados Condomínios fechados, tão em voga neste século XXI. Todos eles “recheados” de pessoas frias e alienadas, que só se apercebem disso quando enfrentam a Morte ou situações que lhes fogem do controlo e não conseguem ser explicadas de forma científica e socialmente aceite.
Lindqvist aborda temas chocantes, e quase tabu nos nossos dias, mas com a sua escrita não conseguem verdadeiramente chocar o leitor. Nenhum acto de raiva, nenhum acto de violência é gratuito e por vezes o leitor vê-se mesmo do lado do assassino, cometendo actos terríveis, sem pestanejar e sem qualquer vestígio de culpa.
Linqvist apresenta-nos um mundo em que as crianças não são espectadores inocentes dos horrores, elas são os personagens principais... não são o futuro do mundo, são o presente e sabem mais dos que os adultos que os rodeiam desejam.»
Joana Neto Lima, Blogue Bela Lugosi is Dead

Imprensa:

«Os fios da meada

Num fio da meada somos apresentados à família al-Kharrat, apelido que significa "exagerado", "contador de histórias incríveis", "mentiroso". Num outro fio da meada, acompanhamos as estranhamente mágicas aventuras da escrava Fátima. E ainda num terceiro, desenrolam-se contos e estórias de sultões e vizires, tesouros ignotos ou esquecidos, génios do bem ou muito pouco geniais, árvores miraculosas e ervas maléficas, poções de perdição e encantamentos de rendição.
Estes fios serpenteiam entre si, entrelaçando o leitor nos vários estratos narrativos e formando uma extensa teia de personagens, missões e ensinamentos.
Entre uma Beirute actual e as mil e uma histórias contidas no imaginário colectivo dos países do Médio Oriente, perduram as irredutíveis areias do deserto, os mistérios imprevisíveis e um rol de criaturas improváveis.
É nessa viagem de histórias dentro de histórias que o autor mostra paralelismos e evidencia lições análogas, apesar de distanciadas em séculos. No cerne desta obra está o personagem de Osama al-Kharrat, que assume a missão de fazer com que as narrativas milenares não caiam no esquecimento. Esta é uma tarefa que de algum modo o autor partilha, ele sim, um "hakawati" na total assumpção do termo, ou seja, um inato contador de histórias.»
Os Meus Livros, Novembro 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Já começa a parecer Natal!

Em Novembro as ruas começam a ficar mais bonitas com as decorações de Natal que proporcionam um bonito espectáculo de luz e cor. As montras enfeitam-se para a época e as campanhas já invadem os televisores de casa com promoções irresistíveis. Para quem gosta de fazer a sua lista de presentes com antecedência, a Contraponto deixa as sugestões deste mês. Espreite aqui as nossas novidades, recheadas de fantasia, romance e aventura. A Contraponto regressa em 2011, com muitas surpresas a abrir o novo ano.