terça-feira, 5 de abril de 2011

Imprensa: «Conspiração 365»

«Doze meses a suster a respiração

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Saíram já três volumes, coincidindo com o início da história, em Janeiro. É precisamente na Passagem de Ano que Call, um rapaz de 15 anos, começa a ser perseguido. Mas, ainda no dia 31, no prólogo do primeiro livro, alguém o avisa de que tem de se esconder durante todo o ano que vai chegar: os 365 dias seguintes. "Eles vão-te matar. Tens de te esconder até ao dia 31 de Dezembro do próximo ano. Faz com que a tua família se vá embora. Até à meia-noite do último dia do ano... é nessa altura que a Singularidade se esgota" (pág. 177). O pai terá descoberto algo muito importante sobre a sua família, de nome Ormond, a que se refere a tal Singularidade que Call desconhece.
A partir de então, acompanhamos as perseguições a que é sujeito, sempre da sua perspectiva, já que é ele quem narra os acontecimentos. A sua percepção sobre os outros, as suas suspeitas, os indícios com que se depara – todas as peças do puzzle são relacionadas pelo leitor e pela personagem, ora em simultâneo, ora em momentos diversos, como acontece em qualquer policial. Os condimentos para o sucesso da colecção estão lá: capítulos curtos, indicações precisas de datas. A narrativa é linear e está orientada para a progressão veloz da acção. A numeração invertida das páginas acrescenta "frisson" à passagem do tempo, que se assemelha a uma contagem descrescente pela sobrevivência e pelo desvendar do mistério.»
Revista Os Meus Livros, Abril de 2011

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