«Página sobre página, Faletti manipula perfis psicológicos em tramas surpreendentes – e cola o leitor à linha numa quase obsessão. (E mesmo quando se revela a identidade do criminoso, a intensidade não baixa, o suspense mantém-se implacável até ao fim.) Constrói, primoroso, todos os seus personagens, não apenas o que mata e os que morrem, mas também os que dão à história o deslumbramento que ela tem, por exemplo o rapaz com problemas mentais que sabe todas as músicas da rádio ou o pai da filha assassinada em cego desejo de vingança... (E enleante é igualmente o modo como Faletti descreve quotidianos, pensamentos, sentimentos, paixões, traições, abalos – a fórmula 1, a vela, a polícia, a rádio, o glamour...)
Para a Contraponto, que o editou em Portugal, Eu Mato é obra sobre "a loucura, a perversidade e o mal, mas também o amor, a amizade, a confiança". É, é tudo isso, de facto. Numa viagem pela mente que se distorce ou não: aterradora, mirabolante, psicótica, imprevisível...»
A Bola, 22 de Fevereiro de 2011
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