«Federico Moccia tornou-se um fenómeno da literatura italiana e mundial pela sagacidade das suas obras. De uma forma quase instantânea, estas assumiram uma popularidade social dado à forma como reflectem as preocupações e o sentir da sociedade italiana.
Nesta obra o autor reflecte sobre o tema do amor. O leitor é convidado a continuar a acompanhar as histórias de Niki e Alex, já apresentados em Desculpa, mas vou chamar-te amor. Este casal recém-chegado de umas férias românticas retorna aos grupos de amigos respectivos. O regresso à realidade despoleta toda uma série de reflexões acerca do tema do amor, da amizade e das suas vicissitudes.
Moccia define um elenco de personagens diversas, cada uma com a sua maneira de abordar o tema quer este seja o amor, a amizade ou ambas. E é justamente a variedade destas personagens que é utilizada como ferramenta para o autor expor os mais diversos pensamentos e considerações sobre os temas de uma forma acessível e sem que o leitor sinta qualquer tipo de imposição: os diálogos e as situações surgem de uma forma natural, resultado da própria existência humana e dos relacionamentos estabelecidos.
E é a questão dos relacionamentos que é central a toda a obra, principalmente as questões relacionadas com o casamento. As questões levantadas permitem a reflexão sobre a instituição do casamento e como tal, obrigam simultaneamente a tecer considerações acerca do próprio tecido social. À pergunta, deve o casamento durar para sempre? Podemos imediatamente reflectir acerca da estabilidade do conceito de família.
Não deixa de ser subtil mas presente e relevante a forma como as reflexões sociais são colocadas de uma forma subtil nos interstícios das relações dos personagens.
A escrita fluida e acessível e as referências culturais facilmente identificáveis permitem ao leitor entrar facilmente na teia urdida pelo autor. À medida que o leitor se envolve com as personagens e as suas questões dará por si no mundo das relações humanas e a colocar questões para as quais não há uma única resposta a não ser a dos sentimentos. Esta obra toca no que há no ser humano ao nível mais profundo, o dos sentimentos. Recomenda-se vivamente a quem já leu o primeiro ou a quem tem um interesse profundo no ser humano.»
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